Se fosse em um desenho animado, já daria para ver os cifrões no lugar dos olhos do presidente do Vitória, Carlos Falcão. Mas é a mais pura realidade. Clube formador de David Luiz, de longe o Leão pega carona na transformação daquele menino de 14 anos no zagueiro mais caro do mundo, após se transferir por 50 milhões de euros (aproximadamente R$ 152 milhões), do Chelsea para o Paris Saint-Germain. Desse bolo, cabe ao Rubro-negro baiano nada menos que R$ 3,42 milhões.
A quantia é referente ao Mecanismo de Solidariedade da Fifa, instrumento criado pela entidade para recompensar o investimento feito pelos clubes na formação de novos talentos. O cálculo é feito da seguinte maneira: todo clube que inscrever um determinado jogador no período entre os 12 e 23 anos de idade do atleta terá direito a 5% do montante de futuras negociações, com o valor sendo proporcional à passagem de tal jogador no clube.
No caso do Vitória e de David Luiz, o zagueiro chegou aos 14 anos a Salvador. A ida para o Benfica se deu aos 20 anos. Com seis anos de participação na formação do jogador, coube aos baianos 2,24% da transferência para o PSG.
Essa, inclusive, não é a primeira vez que o clube lucra com o zagueiro. Além do valor pago pelos portugueses na época da contratação, o Vitória teve direito a 560 mil euros, na cotação de hoje aproximadamente R$ 1,7 milhão, quando o Chelsea o tirou de Lisboa, em 2011.
Atualmente na seleção brasileira e um dos grandes nomes da equipe que tentará vencer o Mundial dentro de casa, David Luiz, de 27 anos, parece ter chegado ao seu auge no mercado da bola. Ele garante não se prender a valores. O mesmo não deve ser dito pelo Vitória, um pouco mais rico a cada vez que o cabeludo troca de camisa no milionário futebol europeu.
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