Um ritual curioso marca o 'batismo' dos membros do motoclube Abutre's em Roraima: eles são marcados a ferro em brasa com a letra A, inicial do clube, e o número 13, que simboliza a má sorte entre os roqueiros. Nas imagens feitas,o diretor regional da subsede do Abutre's em Boa Vista, Mauro Lima, recebe a marca: "Dói, mas não pode fazer cara feia'', disse ao G1.
A gravação no ritual de marcação de Lima começa quando o ferro é esquentado com um maçarico. Nas imagens, é possível ver o ferro ficar em brasa ao som dos risos e comentários empolgados: "Mauro, não chore, você é cabra macho", brinca uma mulher que assiste à marcação. Outro ameaça: ''alguém não dorme hoje".
"A marcação de ferro não é um ritual obrigatório, mas você tem que estar ciente dos compromissos que faz com o grupo. É um orgulho, pois nós queremos mostrar que somos Abutre's e na hora da marcação não pode fazer cara feia, né?", contou Lima rindo em entrevista ao G1.
O clube
Com sede em São Paulo, o motoclube dos Abutre's, fundado em 1989, tem filiais em diversas partes do Brasil e do mundo. De subversivo, o clube só tem o estilo. Lá dentro, há ordens e uma hieraquia muito clara: os membros são homens, têm mais de 24 anos e são classificados entre parceiro, raça, meio escudo e escudado. Lima está no estágio escudado e por isso pôde receber a marcação.
"Só pode se tatuar depois de pelo menos alguns anos no clube. E há uma regra, se o membro sair do motoclube, ele tem que tirar a tatuagem ou a marcação. Se não tirar, nós tiramos", destacou Moisés Xavier, o diretor estadual do Abutre's no estado.
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