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11 novembro, 2014

Amigos e jornalistas fazem ultimas homenagens ao jornalista Pepe dos Santos

Jornalista se tornou uma lenda ainda nos anos 70 ao cobrir casos policiais  (Foto: Reprodução)





Ao longo dos seus muitos anos de jornalismo impresso, principalmente no Diário de Natal, Eletiel Bezerra da Câmara se tornou uma espécie de lenda.
“Pepe dos Santos”, como era mais conhecido no meio jornalístico marcou pela forma de apuração de fatos policiais que a própria lei muitas vezes só ficava sabendo depois.
O repórter que era respeitado por pela polícia e até por criminosos, morreu nesta segunda-feira (10) aos 72 anos por volta das 5h30, vítima de falência múltiplas dos órgãos devido a complicações  de diabetes, alzheimer e pneumonia.
Seu sepultamento aconteceu  às 16h no Cemitério do Alecrim.
Pepe dos Santos, cujo apelido nasceu graças às peladas de praia que participava onde ele personificava  o“Pepe”, o famoso ponte-esquerda dos Santos FC. “O nome pegou de imediato e soou bem como a alcunha de alguém que iria cobrir o mundo policial”, relembra o jornalista João Batista Machado.
Machado afirma que Pepe era um repórter nato que farejava a noticia e iria busca-la onde quer que estivesse.
Detalhista
“Ele era um repórter detalhista que, embora não fosse um redator (era semi-alfabetizado), transmitia a noticia com detalhes impressionantes como foi o caso do lendário caso do “Vampiro de Mãe Luíza”, transmitindo ao redator todas as informações dos casos”, relembra Machado.
O redator que “romanceava” os casos desvendados e apurados por Pepe era o jornalista e escritor Sanderson Negreiros com o qual fez uma grande parceria de repórter-redator durante a década de 70. “Sanderson consagrou Pepe”, completou Machado.
O jornalista Cassiano Arruda Câmara afirma que Pepe é um tipo extinto de jornalista, “um repórter que não existe nem existirá mais. Eu o conheci ainda na Rádio Cabugi, depois foi setorista na Tribuna do Norte e posteriormente se notabilizou no Diário de Natal onde muitas vezes chegou na notícia antes da polícia saber do fato”, rememora.
Cheiro da notícia
Margareth Martins, foi chefe de reportagem do Diário de natal durante 19 anos e lembra bem da capacidade de Pepe em apurar as noticias. “Ele sentia o cheiro da noticia como pouco.Era de pouca conversa, mas ao mesmo tempo era um homem alegre e simples, disse a jornalista que relembrou ainda o lado de produtor musical do repórter. “Ele ainda encontrou tempo para se dedicar ao ramo dos shows musicais”.
O delegado Maurílio Pinto de Medeiros. que comandou durante muitos anos a policia do estado, afirma que ele era o repórter mais bem informado que conheceu. E com um detalhe; só andava a pé. Na época dos casos “Mão Branca” (uma espécie de esquadrão da morte na época), cansei de oferecer carona a ele pela madrugada, mas ele sempre recusava. Perdi um grande amigo.
O jornalista Aluízio Lacerda foi editor do Diário de Natal, no período em que Pepe foi setorista de Polícia e lembra como o repórter se inseria na linha editorial do diretor dos Associados na época.
“Luiz Maria Alves privilegiava o noticiário policial com ênfase no trágico e no grotesco”.
Era aí que o trabalho de Pepe se inseria e no qual ela passava 24 horas dentro jornal, muitas vezes em folgas, sábados e feriados, casando o material apurado com o texto de Sanderson Negreiros nos anos 70 e posteriormente com o dos jornalistas Carlos Jorge, Rivaldo Batista e Marcos Ramos nas décadas de 80 e 90.

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